Nébula



Belo meu, agora tenho.
Segredo que apagado espera
Crime, que te amar promete
Doce, que provar derrete
Sonho, que transpiro
e vem o ar
como aquilo que respiro
fazer de nós artefato suspenso nós céus das bocas
na superfície dos corpos
nas entradas das galáxias que aqui
ardentes
eclodem
Me deixa explodir
Me expando
Me espalho
Tu encontras minh'alma
Me absorves
Quero mais
Nada mais se torna comum
Essas misturas!
Não é uma cor apenas
E não apenas uma forma
Não apenas um corpo
Agora é a mistura
A explosão
Se estende com pingos e gotas ao redor de si
Absorve o abstrato
O imediato
A pressa ofegante
Colorindo com tudo o que sente
Dando forma louca
Infame
Tua alma santa de porfia
Casta sua arte
Quero mais
Mas o tinto roubou-me as frases

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