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Mostrando postagens de janeiro, 2020
NOVAS LINHAS Poderias ter me trocado por outra pessoa! Seria bem mais fácil pra você! Eu poderia ter visto algo verdadeiro em ti. Ver a tua luta pelo amor de alguém. Tua ausência total de paixão que me esvaziou. Faltou tudo entre nós. Não sou tão moderna assim pra viver sem amar. Preciso tanto de sinais! Sinais constantes de troca de olhares! Provas de um amor vivo, mútuo Não basta viver dia após dia. Quero amar mais a cada acordar! Ver alguém que esperava meus olhos abrirem. Só pra dizer: eu te amo mais que ontem. Eu errei. Não há em ti capacidade de ver a beleza da vida. Espero que não se importe. Mesmo assim agora até minhas palavras são livres. Tens um egoísmo autêntico. Fingir sofridão por causa do desconforto de não ter uma servidão constante que te enche de falso controle, francamente isso é fraco demais, até pra ti. Escrevo novas linhas da minha história. Agora comigo mesmo. Já que você não se importou. Agora eu me importo mais
Quase uma mãe Alguma insanidade temporária? Algum esperar sem saber se deve? É como não saber o horário do ônibus e ir para o ponto com a certeza que uma hora vai passar. Uma hora passa! Um asterisco para: FALTA DE ORGANIZAÇÃO TRAZ PERDA DE TEMPO. Nem sei porque dar tanto destaque para isso, é tudo tão óbvio. Desejo um carro que não vá para trás na paradinha da subida da ladeira. Mas agora não tenho. Estou parada absurdamente constrangida pelo medinho que me impediu de subir uma insignificante ladeira. Mas que bobagem meus amigos! Onde foi parar minha coragem? Aquela avassaladora? Essa que tenho aos montes? Nem consigo ver através do vidro traseiro. Está tão embaçado e eu estou me comportando como se fosse natural ter um medinho que deixo ficar maior, assim como se não fosse nada! Absurdo! Quero um carro automático! Quero um Carro automático! Eu já tinha vencido isso, mas agora, há uma aversão tão constrangedora que eu nem sei se terei coragem de publicar isso. Pre
                      O sapateiro da rainha As plantas da varanda estavam muito viçosas e pareciam saborear a brisa da tarde de primavera. O baraço espinhento esparramado pelo chão tentava subir pela treliça e estava coberto de botões das novas flores, mas a rainha ainda não sabia que flores eram aquelas e o motivo de serem especiais.  Ela recebeu com alegria aquela planta, dada por seu leal amigo, o sapateiro Tom que inclusive escolheu o lugar e a plantou. Quando ele veio trazendo aquela trouxa de pano segurando a terra e dois baraços pendurados, mal podia conter o sorriso. Suas calças marrons um pouco curtas, deixavam aparecer suas meias pretas e os sapatos vermelhos feitos de couro. Admirando o perfil do jovem entusiasta, a rainha logo percebeu as marcas de terra nos joelhos do amigo. O sapateiro Tom era peculiar: cantava e falava com suas ferramentas, fazia até caretas e gestos enquanto trabalhava e sempre parecia conversar com alguém mesmo e