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Mostrando postagens de outubro, 2020

personalidade caramujo

signo de caramujo seria muito bom se existisse  encolhe-se em dia frio  nesses dias faz muito sexo movimenta-se vagarosamente sem atrevimento nenhum devora o verde caminha deixando gosma antenado suavemente recolhe-se ao sinal de perigo seu mundo basta sua casca seu sossego quando quer sai desliza pela vida nada o aborrece de fato contrariado, encolhe-se ou simplesmente retira-se vagarosamente o mundo turbinado, demora a perceber que não está mais ali exibe suas pelancas sem a menor cerimônia em toda sua arte espalha seus babados de pele nada convencional ainda que virem o rosto ui que nojo perceba não há um abalo sequer acorda  quando escuro enquanto dormem faz a festa pode ser... pra mim tá bom meu signo? caramujo! desses que amam jardim mas quando o leão acorda... aí fodeu

braçadas

música embaixo d'água? nadem em suas raias raias musicais cada um em sua pauta nade depressa dia de samba a água trazia coisas  mas precisava nadar nadando valsa dia de Strauss traga "Rosas do sul" minha água, meu tempo tinha que nadar e buscar água traz ouvidos molhados cheios de Zé Ramalho me conte o que ouviu? água, minha vida nado pianinho nado cachorrinho o que me trouxeste? de onde veio? tão quietinho um dia, uma braçada da minha vida o que significa? o que a agua te trouxe? as raias nunca ficam vazias as vidas também não  folhas secas na minha raia dia de vento som de axé o que significam?  final desapego morte de folha Dafnis e Cloe lado a lado nado sereia podem ouvir? dia de Ravel profundo nado costas e lado encharco de música mergulho popular fôlego bossa nova acordei do meu sonho sacudiu-me Raimundo Fagner estourando a bolha do irreal águas do tempo "Quando a gente tenta, de toda maneira, dele se guardar, sentimento ilhado, morto e amordaçado, volta a inco

o corpo

  o corpo absorto e compelido por dor ardente talvez lucidez seja conjectura elaborada no caminho da alma sentindo que já viveu podendo então explicar não ser do tempo futuro ser do tempo passado conceber que recebeu  alma com carga de vida vida que já foi vivida espírito que já habitou tenta sobremodo articuloso  paciente e perspicaz enlaçar com todo senso afastar do insensato aplacar a dor segue ao lado em tantas formas e credos segue comigo energeticamente pulsante segue comigo não me deixa mesmo atônitamente  perturbação visível inconstância palpável delinear cambaleante dos sentidos pobre alma perdida encontra minha um amor gerado um sonho inacabado corroendo o fígado decifrando náusea tentáculos de prazer agarrando com ventosas de orgasmo silenciosamente oculto meu espírito favorito prazer

minha Mina

 Minha Mina Onde foi parar minha mina? Vasculho cantos Pilhas inúteis de conversas Tantas faces Onde está afinal? A riqueza estava bem aqui! Pacotes e mais pacotes de sensações Embrulhos, fardos Trouxas para uma trouxa O que fiz parando? Afastou-me  Perdi Perdi minha mina Profunda e bem escavada paredes brilhavam cobertas de preciosidades Reluzentes encantos Lagos cristalinos particulares Nado solitário, absoluto, suficiente Criaturas sombrias, inofensivas Domínio do terror Ambiente, condão  Domínio, cabal Onde está? E de onde veio toda essa névoa? Impede a visão! O contemplar! Onde estou? Tantas vozes, cores, luzes, sons potentes Minha nossa! Onde está minha mina? Cavei com fortes mãos, fortes braços Riqueza por toda parte Versos como botões de rosas Palavras com brilho estelar Coroas sobre mim saltavam Como sair daqui? Tantos rostos! Denso pavor compactando-me sem assenso Ufa! Descobri! Desligo WI-FI!

Contestável

  De onde ela vem não tem vento De onde ela vem não tem mar De onde ela vem, prende o tempo Os dias se perdem pelo ar Gracejo tem, sabe amar O nado passa por ela Via-se belo nadar Teimam curtas pernas Passos largos dar Prossegue e provoca o viver Ás vezes alguma coisa rima Quando permite palavra nascer Cria seu proprio vento Não parece estar ali Chora porque chora Ri porque ri É chuva quando chora Trovão quando demora Raio faísca sua Geme delícia nua De onde ela vem não tem click De onde ela vem "no start" Quisera beijo valer Desenho, gozo, arte Volta e chora, pede a pele Solta e cora, cedo fere De onde ela vem não tem dor De onde ela vem não tem crer Vive sofre quer amor Puro prazer de viver