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Mostrando postagens de junho, 2020

I really want to see you

Eu realmente quero ver você! Eu realmente vejo você! Além de toda convenção humana/insana. Além de todo politicamente correto/indiscreto. Além de toda disciplina/cortina. Além do lúcido/púdico. Além do condenável/improvável. Além da medida do tempo/contagem dos dias. Eu realmente te vejo! Além de todo estereótipo programado nas mentes superficiais/não estarei na TV. Além de todas as ciberdúvidas/onde foram parar os botões? Além do jogo de palavras/digito com indicador apenas. Além da sedução óbvia/sou boa nisso. Eu vejo você! Quero rasgar as horas e chamar o destino de fraudador do tempo. Quero ter teu coração como prêmio de algumas horas. Eu realmente quero ver você!

A forquilha da cabeça da corvina

Então! A gente sempre tem aquelas histórias que ouve dos familiares e quanto mais bizarras e estranhas, melhores elas são de contar. E nesse domingo de inverno, manhã de sol lindo, Ribeirão da Ilha perfumando comidas em todas as casas. Dia bom de fumaçar fogão e panelas, jogar conversa fora e contar boas consistentes mentiras. Lembro da mãe contando da façanha do tio Arnoldo. Diz ela que o esganado chupada com gosto a cabeça da corvina e lá se foi a espinha pra goela. A forquilha espetou de tal jeito que o "zoiúdo" não engolia nem cuspia. Nada pra fora e nada pra dentro. Ficou tentando de todo jeito tirar e os dedos alheios, visitaram as profundezas da garganta do Arnoldo sem sucesso. Segundo relatou a fidedigna Zeza(minha mãe) e isso é a mais pura verdade, o desespero tomou conta do tio Arnoldo, que achava que ia morrer com a forquilha da cabeça da corvina na goela. E lá pelas tantas, como não conseguia engolir, convenceu-se de que tudo estava terminado.

migalhas pelo caminho

Pare de dar pistas. Fale logo. Qual a repulsa? Qual a atração? Apropriação para exercitar. Mania, tão ingênua, nada ingênua! Um querer ser decifrado? Que nova realidade agora te dirá que não há mais tempo? Infelizmente o fim não é real. Um novo modelo fluindo e sendo absorvido, como uma intoxicação afetiva coletiva. Não está tudo tão claro? Novamente a programação querendo ser decifrada. Onde há veneno, há remédio! O maior medo esconde a maior vitória. O maior desafio, a maior conquista. Suas conquistas, se ilícitas, sua maior condenação. A sua morte, na verdade te ressuscita. Quem sacrifica sofre com o sacrifício. Teu isolamento, teu encontro. Tua dor é teu alívio. Sem pistas. Sem seguir migalhas. As pegadas estão reluzentes demais para serem ignoradas. Aproxime-se. Incline-se. Erga-se. Está tudo ao teu alcance. Um poder sempre envia poder igual ou maior. Dominar com medo alheio é intoxicante. Subjugar o coletivo, o maior e

SUBJUNTIVO

Se me quebras queixo Se me pegas deixo Se me provas gosto Se me trai desgosto Se me viro sinto Se me olhas minto Se floresta mato Se me esfregas gato Se barranco tombo Se pedido combo Se queimada lenha Se segredo senha Se pintura cor Se perdido dor Se te digo ouve Se te ouço voz Se navego nós Se te canto soul Se levanto voo Se te envolvo teia Se te escrevo leia Se te calço meia Se te aqueço fogo Se te beijo doce Se te abro bem Se tu queres vem