Ciclone bomba



Quando o céu, na escassez de azul termina em branco junto ao horizonte e
ainda não chegou completo o entardecer, as espalhadas lisas nuvens se esticam,
como se o pincel puxasse tudo.
Procuro com meus olhos mais além!
Viajo no céu de ninguém!
Encontro tons que me encantam.
Um dourado gritante, quase palpável.
Quero pra mim essa cor, esse tom de céu.
Céu de inverno Ribeirão!
Que feitiço tens pra mim?
Até as acinzentadas depois do ciclone me acariciam.
Mas a fúria do vento não me deixou apreciar as estrelas.
Eu as vi, inocentes!
Me cuidavam.
E de medo me encolhia em minha tenda.
Cruel, arrebatou todo o conforto.
Levou consigo o que queria e deixou devastidão.
Meu céu de Ribeirão!
Senti saudades de ti!
Temia a raiva do vento que cuspia com deboche, todo seu poder.
Nada mais na madrugada, a não ser a raiva dele batendo e quebrando
e para ele não há caminho algum pois, simplesmente passa.
E passou por nós!

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