Somos todos vizinhos

Tínhamos a nós mesmos como fracos e incapazes.
Vivemos a dor da dor.
Sofremos por aquilo que nossos pais gemiam na alma.
Presenciamos todo desferrar intenso da insanidade
e a inconstante lucidez entre o dia e a noite.
Estávamos errados ou apenas adormecidos.
Éramos incríveis e não nos fizeram saber.
Tínhamos uns aos outros e tantas vezes preferimos procurar
longe dos olhos de nós mesmos.
Não fazia o menor sentido para nós o turbilhão de emoções.
E na primeira frase dizendo tudo o que havia para ser dito,
apenas o tempo conseguiu nos aproximar.
Avaliamos melhor nosso pensante viver.
Vencemos tanto, que nos tornamos mestres em nós mesmos.
Especialistas em nossas almas.
E vorazes saltamos para cada auto-cura
depois de tombos sobre tombos.
Sim, não deixamos de cair, não deixamos de nos ferir.
Machucamos a nós mesmos e os demais.
E procedemos distintamente em tempos de encaixe.
Seguimos nos encaixando não nos moldes alheios, não servimos para isso.
Nos encaixamos e nos moldamos diariamente,
em nossas melhorias internas .
Decidimos nos chocar e impactando fortemente a nós mesmos,
crescemos numa escalada, ás vezes solitária, ás vezes não.
E compartilhando o mesmo planeta sentimos as mesmas dores.
Como você, aí do outro lado!
Estou quebrando e espalhando.
Estou amontoando e reconstruindo.
O tempo transforma tudo e nós continuamos.
Então vamos amigo!
Eu te ajudo, você me ajuda!
Somos todos vizinhos agora!
Apenas continue.

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