
Crônicas da Rainha Aquela casa tinha o jardim mais florido e bem cuidado da arborizada rua. Uma rua de casas escondidas e a maioria delas camuflava-se perfeitamente entre o matagal e as velhas árvores barbudas e cinzentas. Era uma rua de chão batido que serpenteava morro abaixo, com flores que cresciam espontaneamente nas beiradas daquelas esquinas inclinadas de pequenos bosques não habitados. Até chegar na casa branca com janelas de vidros quadradinhos e seu frondoso jardim, era assim mesmo. Qualquer um enfrentava os solavancos dos buracos ao longo da estrada. Os sulcos deixados pelas chuvas pareciam mesmo uma obra de artista contemporâneo e mudavam seus desenhos a cada aguaceiro. Mas quando o sol desper...