Diretriz

Um  mecanismo sobrevive com personalidade peculiar de quem não tem relações sociais
e basicamente seleciona peças encontradas por curiosidade e não por necessidade.
Programado, mas, com uma singela mutação que o tornou melhor.
A total ausência de seres humanos tornou-se um benefício e permitiu uma reprogramação
pacífica, simples e não competitiva.
Afinal, quando se está só não há com quem competir
e podemos exercitar uma auto-avaliação.
O benefício do perdão, quando damos a nós mesmos, é uma experiência de libertação.
Nos libertamos com nossas próprias mãos e nosso coração permite que nos amemos profundamente,
sendo o melhor amigo que precisamos.
WALL.E compactava lixo diariamente.
Sua diretriz era amontoar, compactar e organizar o lixo, formando paredes e torres gigantes.
Em muitas situações, podemos ser semelhantes ao WALL.E.
Algumas diretrizes automáticas amontoam e
empurram para dentro de nós muitas informações
e sentimentos desnecessários, construindo paredes de lixo.
Milhares de conversas pensadas e não liberadas, até idéias fantásticas perecem,
planos e projetos, informações aos montes, acumuladas tão rapidamente,
iniciam um processo involuntário de sabotagem em nossa capacidade de organização mental.
Tantas energias, tantas confusões, tanta competição.
Sentimentos compactados no porão de muitas almas.
Construímos tantas paredes em volta de nós que às vezes nem percebemos.
Quando fica muito difícil movimentar-se e cansativo demais, nós despertamos.
O quê há de tão belo em destruir um mundo,
ainda que seja o mundo interior de cada um?
O quê há de tão nobre em quebrar um sonho,
ainda que em alguns momentos pareçam tão distantes?
O quê há de tão santo em condenar a si mesmo,
ainda que os erros cometidos tenham causado muita dor?
Um amor puro e simples pode reprogramar uma diretriz nociva.
Há um novo começo para agora.
Sentimentos de ira compulsiva e revolta por resultados não desejados,
são despejados no espaço à nossa volta a cada segundo.
A ira é imediata.
E sobre a ira:
A ira nunca dá bons conselhos e corta ferozmente.
A ira libera tanto rancor
que pode até causar um alívio em quem se livra dela instantaneamente
e um dano, quando praticada por quem deve amar.
A ira semeia tanta dor em quem a recebe que desencoraja a chance da solidariedade.
A ira demonstra tanto egoísmo que oprime a empatia.
A ira quando observada em terceiros causa repulsa e avisa que a fonte pode estar envenenada.
A ira causa fadiga e aceleração.
A ira aquece tanto quanto o cano da metralhadora depois de uma rajada de balas.
A ira depois de despejar sua munição mortífera, esfria, declina
e observa os ferimentos dos outros dizendo que a culpa foi daquele que deu motivos para o aperto do gatilho e  não daquele que de fato apertou.
A ira nunca se responsabiliza por seus atos.
Apenas faça um teste:
Você consegue equilibrar objetos se estiver com sentimento de ira?
Tente com pedras, blocos, biscoitos, caixas...
Absurdo?
Quando há ira não se consegue pensar em nada a não ser violência, pressão mental!
Exercite sua paz!
Exercite sua respiração!
Exercite acalmar-se!
Podemos descobrir um silêncio restaurador em nosso espírito!
Um momento sozinho para ouvir-se é rico e traz muitas respostas.
Mas precisamos de nossas próprias perguntas.
Empilhe pedras como um exercício de concentração,
essas pedras podem representar situações adversas.
Experimente não ter controle, pois
apesar de tentar várias vezes, tudo pode desmoronar.
Continue!
Uma grande ideia pode começar a brotar!
Fertilize sua mente!
Desenvolvemos nossas aptidões diariamente.
Libere a sua paz para o mundo à sua volta!
Ou sempre podemos voltar à velha diretriz:
amontoar, compactar e empilhar lixo em nossas almas.



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